Agradecia que respeitasses os direitos de autor e obrigada pela visita até ás profundezas da minha mente e coração, espero que a minha escrita de alguma forma te aqueça a alma.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O que resta do antigo Nós






Quero que saibas que esta vai ser possivelmente a última carta que vou escrever directamente para ti e nesta mesma carta vou-te dizer tudo, tudo o que disse e tudo o que quis dizer mas não disse. Quero que saibas também que preciso e vou-te tirar a todo o custo da minha vida, tu foste sem margem para dúvidas a pessoa que mais me desiludiu, que mais que magoou, que mais tudo... Não ficaste contente em apertar e esmurrar o meu coração uma vez, nem duas, nem três... repetiste-o vezes e vezes sem conta a teu gosto. E o meu coração foi sempre cedendo, embora a cabeça dissesse o contrário, pois ele voltava sempre às mãos do seu dono. Levaste-me a desculpar o imperdoável. Pior! Levaste-me a, depois de tudo o que me fazias sofrer, lutar para te ver bem e feliz. Eu estive sempre lá para ti, embora às vezes estivesses simplesmente cego de mais para me ver. Embora não estivesse sempre contigo fisicamente, como desejaria. Eu fiz tudo de tudo, e nem isso bastou para ti, deixa-me dizer-te que és um ser bastante egoísta. Sei que um dia o karma vai bater-te à porta, portanto foge desse dia, porque não vai ser nada meiguinho! Também sei que te vais arrepender das tuas escolhas, aliás tu próprio sabes bem disso, mas vou-te deixar seguir sem se quer te dizer uma palavra a esse respeito pois sei que mais tarde ou mais cedo vais perceber. Apesar de tu ás vezes achares que não, depois de tudo isto eu conheço-te bastante bem até! Estive 5 meses, nas tuas mãos, debaixo das tuas garras, o que tu me fizeste simplesmente não se faz... Acho que nunca te fiz nada que te fizesse desejar-me tanto mal... As lágrimas que derramei por ti... Sonhava connosco daqui a muito muito tempo juntos, mesmo tu no exército e eu na António Arroio, porque apesar de as nossas coisas de vez em quando, nós sabíamos ultrapassar isso tão bem. Nunca me deixaste dar-te o que tinha em mim para dar, todo o amor, porque sempre estive de pé atrás, e quando o começava a tirar tu puxavas-me o tapete de novo. Eu posso estar bastante mal agora, mas sei que vou recuperar, vou deitar as memórias e o teu amor no lixo e voltar como nova! Aliás melhor, com o triplo da força e vontade de viver! Tu um dia hás-de me dar o devido valor, mas aí vai ser tarde de mais... Podes-me ter deixado muitas feridas e cicatrizes que se podem abrir a qualquer momento mas eu vou aguentá-las como nunca aguentei. Vais ter que perceber a bem ou a mal que temos que lutar pelo aquilo que queremos. Que temos de tratar bem aquilo que amamos e dar valor ao que temos. Dar valor ás pequenas coisas, foi isso que sempre te ensinei. Mas tu não ligaste a cada palavra minha, a cada atitude, a cada gesto, tudo. Parece que nunca estavas lá. Fazias-me pensar que o problema era meu, mas não é. Hoje apercebi-me disso, eu posso ter muitos defeitos e ser uma pessoa complicada e difícil de entender mas a culpa não é nem nunca foi minha, foi tua e só tua, porque eu esforçava-me para não te magoar com o meu jeito de ser e para me fazer entender tendo eu uma grande dificuldade em descrever o que sinto em palavras, mas tu nunca te esforças-te. Nunca fizeste nada por mim, nunca te sacrificaste por mim, nunca deste tudo por mim. Nunca te esforças para nada. És uma pessoa sem forças neste momento, eu quis-te consertar mas foi demais para mim. Apesar de tu não o mereceres eu fazia-o, mesmo que me magoasse a torto e a direito, eu fazia-o para o teu bem, queria-te ver feliz e a sorrir. Mas tu nunca facilitaste, e enquanto eu fazia isso tudo por ti e quando precisava de umas forçazinhas da tua parte, tu nada. Em vez de mas dares não, tiravas-mas. Enquanto eu ficava com as minimas apenas para tentar sobreviver, enquanto tu te ponhas com os teus jogos em que nenhum de nós saía a ganhar. Sempre foste um perito em poker face, mas esqueceste-te que eu te lia pelos olhos, e os teus olhos sempre me disseram tudo, tudo o que tu nunca dizias. Espero que aprendas tudo aquilo que eu te quis ensinar e que te faz tanta falta, tu achas que não mas faz, porque quer tu acredites quer não o objectivo de toda a gente sem excepção nesta vida é ser feliz. Aprende a amar. Aprende a viver não apenas a sobreviver. Parecendo que não, eu desejo-te tudo de bom, quero que sejas feliz, sabes quando se gosta de alguém é assim, mesmo que nos custe deixá-la ir. Posso não voltar a falar contigo mas vou sentir a tua falta como nunca senti de ninguém, apesar da tentação de voltar ás nossas brincadeiras eu vou resistir. Obrigaste-me a isto. O máximo que podes fazer é ler o meu olhar que esse é incapaz de mentir ou esconder. Eu vou seguir o meu caminho agora mais sozinha e mais pesada com todas as feridas, memórias, mentiras, jogos e tudo mais, mas vou seguir, vou ter de seguir e deixar-te para trás. Vai-me custar não te poder reconfortar mais com os meus abraços quando estás triste, espero que alguém o faça por mim. Vou seguir, não a correr mas sim bem devagar para ver se desta vez não dou outro trambolhão, e desta vez não vou voltar atrás para correr na tua direcção, apanhar-te de surpresa e abraçar-te com toda a minha força. Esta foi a última vez que chorei por ti, a fazer este texto, prometi a mim mesma.

E aqui estou eu a 10 minutos da meia noite em véspera do meu aniversário, bela prenda que me deste, estou aqui a chorar por ti e por não te ter aqui pela última vez, estou a deitar tudo cá para fora para poder recomeçar sem mágoas. Nunca te esqueças, porque eu também nunca me vou esquecer, marcaste-me e muito. (confesso que estive uns 5 minutos á espera para ganhar forças para a despedida...) Adeus, e as melhoras dessa maneira de pensar, de agir, de viver, de amar...



1 comentário:

  1. Parabéns, e espero que seja apenas o começo de uma nova vida. Este texto, já era de ontem, é passado. Segue em frente e sê feliz. Feliz aniversário e um beijinho grande :)

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