Agradecia que respeitasses os direitos de autor e obrigada pela visita até ás profundezas da minha mente e coração, espero que a minha escrita de alguma forma te aqueça a alma.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Mais um dia

Mais um dia. A rotina torna-se a palavra do dia, de todos os dias... O despertador toca (escolho sempre uma música com vida para ver se esta cria a mesma sensação em mim ao acordar, mas é quase sempre uma missão em vão). Acordo, arrasto-me para fora da cama com melancolia e com o corpo cansado. Mas não só o corpo, dói-me a alma. Vou rastejando por casa numa tentativa de me despachar e chegar a horas (tentativa esta, quase sempre falhada) enquanto lá fora ainda não nasceu o sol e está um frio que me congela os pés descalços no soalho, quer seja Inverno ou Verão, sou apelativa do pé descalço. Estojo de desenho e o normal, aguarelas e o diário gráfico para dentro da mala. Saio apressada de casa com o meu chá bem quente matinal que faz pequenos choques térmicos nas pontas dos dedos das minhas mãos. As pessoas olham-me como se estivesse a beber uísque pela manhã, mas não é apenas chá minha gente, não é caso para tanto alarido. E eu continuo com a melancolia, agora com a agravante das toneladas de sono que carrego nas palpebras dos meus olhos. Apanho o autocarro atulhado de gente, eu não sou de violência mas com o meu mau humor matinal de ultimamente só me apetece desatar ao murro a toda a gente com a voz estridente que me entra pelo tímpano a dentro e me faz arrepiar a medula espinhal. Sigo para a estação, aí vai o cigarrinho matinal acompanhado da ginástica para encontrar os phones na minha mala e ponho-os logo nos ouvidos. Olho para o nada pensando em tudo enquanto as pessoas andam apressadas de um lado para o outro, eu aproximo-me da linha. Vejo o comboio lá ao longe á medida que se vai aproximando eu vou sentindo o vento no corpo de que tanto gosto. Entro no comboio. Sento-me (excepto quando o comboio vai apinhado de gente, o que piora as minhas manhãs ainda mais). Vou observando a paisagem ao longo da viagem, é do que mais gosto: música nos meus ouvidos, o calor do comboio e o nascer do sol como paisagem. Saio do comboio desço até ás catacumbas do metro onde reina o frenezim, o que eu mais odeio: pessoas de mau-humor, mal-criadas e rudes a andar de um lado para o outro sem parar, alguns até correm desalmadamente. Continuo com a minha música, passa o metro e mais uma vez eu sinto aquele vento vibrante de que tanto gosto e entro. Sento-me e os meus olhos mexem-se de um lado para o outro percorrendo todas as paredes do metro para ver todos os eventos que estou a decorrer em lisboa. Vou vendo as estações pelo visor no metro. Nunca mais chega a paragem. Chego ás Olaias saio do metro tão leve e rápida que nem uma folha quando vai com o vento. Vou o caminho do metro até á escola em passo apressado (já estou atrasada). Chego á escola. Vou saudar as minhas gentes com um sorriso sincero mas arrancado de cá bem do fundo. Entro na escola. Começam as aulas que todas (menos as de Desenho e Oficinas) se resumem á mesma coisa: eu com a mente bem bem longe, com a cabeça sem parar, completamente noutra e aproveito para trabalhar no meu diário gráfico. Entretanto chegam os intervalos e as horas de almoço onde aí, aí sim, reina a festa, a ramboia, o riso sem parar. Confraterniza-se. Faz-se parvoíces. Em contra partida também se encontram pessoas que era preferível não encontrarmos mas que estão sempre a nossa frente. Saio da escola. O mesmo caminho e as mesmas coisas só que no sentido inverso para voltar para cá. Chego a casa volto-me a descalçar logo no momento. Troco de roupa, ponho-me á vontade e pego na manta, sento-me longo na cama ou no sofá e pego no pc. Está na hora. Espero sempre que dês sinal verde e está na hora do nosso "encontro". E tão esperado. Sinto a tua falta durante o dia, é estranho, ou então a falta de algo. Faço uma pausa. Vou jantar, bebo o meu chá e a seguir volto para o pc e sintonizo-me também nas séries da FOX. Deixo-me ficar e quando o cansaço aperta de novo pego na minha manta e vou lavar os dentes. Meto-me na cama. Tenho os pés frios. Volto a dar mais mil e uma voltas na minha cabeça antes de me deitar, meto o despertador para as 6.15h e fecho os olhos com gatos aninhados a mim. Mas mesmo quando fecho os olhos eu sinto que o meu cérebro nunca pára, isso cansa, prova viva disso são os meus sonhos praticamente diários. E este é o meu mais normal, chato e entediante dia de semana. Rotinas: odeio.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Pensamentos Soltos

O medo. O medo persegue-me. Consome-me. Simplesmente já não sei o que fazer com a minha vida, está nevoeiro lá fora, não se vê nada a 70cm de distância, tem de se andar com cuidado. Ser prudente. Coisa que não tenho sido até hoje, senti-o bem na pele: foi merecido. Parva. E agora? Sinto-te a aproximares-te cada vez mais, a cada momento, eu não o quero. Provavelmente nem o vou deixar. Não vai resultar, como sempre. Não é pessimismo é realismo. Fazes-me bem, de uma maneira estupidamente estranha. És o meu querido amigo, que tanta falta me faz durante o dia, que faz com que a espera para finalmente nos "encontrarmos" todos os dias á noitinha se torne eternamente chata e melancólica. Obrigada. Queria muito ser decente e normal, enfim, boa para ti, mas não o sou, desculpa... Não te quero fazer sofrer. Tenho medo.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Instrospecção

Vou passar a escrever para mim, eu preciso, preciso de encher a minha alma, limpar as lágrimas e a mente e de alguma forma (talvez não a melhor) libertar a minha raiva contida. Apercebi-me (aliás já me tinha apercebido á anos desde que comecei a ter consciência, o que até foi cedo, mas só agora é que levei um murro e interiorizei) que a sociedade está poluída, contaminada, demasiado. Eu sinto-me sufocada no meio de tantos padrões e preconceitos estúpidos que só minimizam a nossa espécie, sim porque nós somos todos iguais (pelo menos por fora) somos todos seres humanos iguais na diferença. Então eu pergunto-me: para que tantas tretas? Tal como a sábia frase que eu vi graffitada na estação da Póvoa: "Eu vejo muitos luxos e poucos valores"; e para mim esta frase descreve na perfeição a sociedade actual. Sabem o que também vejo? Falta de gestos humanos na humanidade, vivo em sociedade e sinto que vivo no meio de animais selvagens e não no bom sentido, sim porque ás vezes se calhar até era preferível. O ser humano é estúpido, inteligência não é uma coisa que abunde aqui. Muitas vezes perco-me na incerteza de não saber se sou eu que estou perdida ou é a humanidade. Mas pronto, aqui continuo indo sem ir, sem caminho, sem destino, mas também é assim que eu gosto: livre como o vento.

domingo, 2 de setembro de 2012

Voltei e com mais devaneios com recheio de incertezas

Neste dia de calor abrasador que acho que me queima mesmo sem estando eu ao sol, volto ao blog, passado alguns tempos. Muita coisa mudou, posso dizer que muitas para melhor. Entrei na Arroio, já um sonho desde pequenina que dá muito medo não estar a altura, mas eu vou fazer de tudo para estar, concretizei o meu sonho de entrar agora só falta lutar para me manter no sonho e naquele mundo mágico. Acho que essa foi a melhor notícia que me deram nos últimos tempos, depois de todos os acontecimentos deste ano, saber que entrei soube-me que nem água fria numa queimadura! Quem esteve comigo no momento em que eu recebi a notícia bem viu a minha explosão de emoções. Uma excelente boa nova, uma grande mudança, um sonho. Vou mudar de casa, para perto de onde moro na mesma, mas foi uma necessidade, finalmente um quarto só para mim! A minha vida começou-se a compor, a todos os níveis, pensei eu... Passados 6 meses de intervalo do inferno encontrei alguém que repôs a luz e o bem-estar, as cores. É amor, eu sei que é amor mas é um amor diferente. Talvez porque foi tudo um pouco apressado mas tal como tu respondeste as minhas incertezas sobre esse campo: "sim, mas já pensaste que se calhar estava destinado a acontecer tudo assim, bem depressa?", fizeste tu essa pergunta retórica e meio sarcástica com aquela tua cara de "concorda comigo por favor, vamos ser felizes". Já me apercebi que ligas muito ao destino e a que nada acontece por acaso, também sou um pouco assim, talvez porque a vida me torceu os pés e já não consigo andar mais direito e acreditar em coisas tão pouco palpáveis, "destino"? isso é tudo muito relativo. E acho que esse senhor destino me tramou de novo, e á grande. Encontrei-te, encontrei-te mas depressa demais. Não deu tempo para nada, não estou muito acostumada a ti e muito menos tu a mim. Não me entendes a 100%, não sabes todo o meu passado, não conheces os meus devaneios, as minhas manhas, os meus hábitos, não entendes as minhas expressões e entre linhas, não conheces toda a minha maneira de ser, não me conheces num todo, e eu preciso muito disso até porque é muito difícil de lidar comigo por um tempo mais prolongado sem saber tudo isto. "Vamo-nos conhecendo com o tempo, tem paciência amor", não sei se isso resulta, acabamos por provavelmente só dar a conhecer o que queremos, eu para além dos beijos quentes, preciso de um abraço reconfortante, para além de qualquer tipo de relação eu preciso de um melhor amigo, um confidente. Uma pessoa que eu sei que me entende, e que gosta de mim assim, num todo. Isso reconforta-me. E agora? Não te quero nem posso perder mas também não posso deixar isto assim. Será que não me entendes? É uma luta constante entre o meu pobre coração e a minha mente que nunca dorme. Preciso de alguma compreensão aqui para o meu ser complicado. Eu acho que já sei o que fazer, só espero é que me compreendas como prometeste que irias sempre tentar fazer e perdoes esta pobre rapariga desvairada com uma mente louca que nunca está bem de maneira nenhuma... Amo-te

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Preciso de uma âncora, uma bóia, um porto de abrigo, qualquer coisa

Neste momento na minha vida está tudo incerto, é tudo um ponto de interrogação que me afoga eu pensamentos sufocantes e ninguém se apercebe que isso me está a matar por dentro. Vida amorosa: incerta. Vida escolar: incerta. Vida familiar: incerta. Futuro: INCERTO. Eu grito em silêncio de lua a lua e o meu coração quer saltar do barco. Acho que está farto de andar sempre á deriva comigo, penso que também posso falar pela minha mente, que dá em doida com isto, esta que sempre gostou de explorar e saber tudo juntamente com os mais pequeninos promenores, não tanto por curiosidade mas mais pelo gosto de saber, agora anda completamente frustrada e prestes a explodir da tanta correria e atropelamento de pensamentos cá dentro. São tantas as vozes que acordam e se deitam comigo, eu confesso que estou a chegar ao meu limite. É certo que eu também não gosto assim tanto do certo, porque eu própria sou incerta (há quem me chame bipolar) e não gosto da rotina, farto-me rapidamente, preciso de aventuras, inovar, explorar, sítios e pessoas novas, mas a verdade é que toda a gente precisa de pelo menos pequenas coisas adquiridas e certas na vida que servem de porto de abrigo, de bóia salva-vidas, são a nossa âncora que sabemos que está e estará sempre lá apesar de tudo e isso torna-nos seguros de nós mesmos, certos do que queremos nos momentos de incerteza. Quem não tem essas pequenas coisas, perde-se na incerteza, fica á deriva, afoga-se nos pensamentos, perde a segurança e sente-se perdido, sufocado, no limite da flutuação do corpo, sente-se a afundar, e é como eu me sinto.