Agradecia que respeitasses os direitos de autor e obrigada pela visita até ás profundezas da minha mente e coração, espero que a minha escrita de alguma forma te aqueça a alma.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Histórias de um Coração Adormecido (Parte 1)















Não vou começar a minha história com o típico "era uma vez" isso é demasiado banal, muito vago, até parece mesmo de uma realidade paralela e definitivamente não é isso que eu quero que aconteça, não mesmo. Sendo assim começo a minha história (retirada grande parte de sonhos meus) com:

Era numa noite, uma noite quente e de certa forma reconfortante, estavamos não em minha casa, mas naquilo a que eu chamo um lar, o cheiro a maresia passava-me entre os cabelos esvoaçantes e batia-me na cara, era como uma lufada de ar fresco. O meu corpo encontrava-se pousado nos mantos de areia branca e entrelaçado entre os teus braços que sem eu dar conta cada vez me apertavam mais e mais, que a meu ver, o fazias para me passar a mensagem de "não me quereres largar nunca mais" e de "não me quereres deixar fugir" e ainda de "quereres ficar assim, juntinho a mim para sempre", enquanto me sussuravas ao ouvido "amo-te" e percorrias o meu corpo com os teus doces lábios, o que me reconfortava de uma maneira inigualável, nem te passa pela cabeça.
A fogueira estava acesa, mas só aqui entre nós nem sequer era necessário, os nossos corações já se aqueciam mutuamente.
A minha cara então encostou-se á tua, a barba, que para mim era tudo menos áspera, pois fascinas o meu coração assim, tal e qual como és, assim um ser a meu ver, perfeito.
Foi então que te levantaste, e eu já colada a ti segui-te á boleia da tua mão protectora. Sentia-me segura contigo.
Levaste-me para a nossa recente casa, mesmo á beira da praia, agarravas-me agora o corpo e não só a mão enquanto abrias a porta com precisão.
E lá estava a nossa casa, a nossa linda casa, acolhedora e com cheiro a mar. Puxaste-me para dentro, acho que voei mas com os pés bem acentes no chão, puxaste-me para bem junto de ti e em seguida por não haver palavras que descrevessem aquele momento, os teus lábios juntaram-se aos meus e as palavras baralhadas e confusas entrelaçaram-se, transformando-se num momento nosso, só nosso.
Olhaste-me nos olhos, não havia nada a dizer, o teu olhar dizia-me tudo, e bastava-me. Pegaste-me eu colo e pousaste-me na nossa cama mesmo ao teu lado, aconchegaste-me, agarraste-me e presenteaste-me com um última beijo que senti pela noite dentro como um ponto quente no meu corpo, algures no pescoço, um culminar de mel quente e amor condensado.
Virei-me para ti, deitei a cabeça no teu peito, pois queria adormecer a ouvir o bater do teu coração que me soava tão bem, como eu melodia harmoniosa, fechei os olhos e foi aí que tive a certeza que nós, juntos, tínhamos criado um universo paralelo no qual agora viviamos e esperava eu por bastante tempo.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Dear John

Recebi todas as tuas cartas, cartas de amor, de sofrimento, que, quer acredites ou não foram lidas de coração, o que muitas vezes me doeu imenso.
Então achei por bem escrever uma carta de resposta, então aqui vai:

A Despedida
Queria-te dizer tu o que vai cá dentro, mas as palavras não se soltam, ainda estão um pouco magoadas creio eu, mas no fundo, que sei eu? Nada.
Quero que saibas que a última coisa que eu queria neste mundo era provocar qualquer tipo de sentimento triste ou negativo nesse teu ser magnífico e tão especial, peço desculpa do fundo do meu coração.
Peço desculpa se fui demasiado dura, mas senti que o tinha de ser para teu bem, além disso as despedidas sempre foram bastante dolorosas para mim, é um momento do qual eu fujo a sete pés, transtorna-me, corpo e mente, querendo o meu corpo libertar-se a todo o custo, mas com uma naturalidade impretendida pela minha parte, porque demonstro demasiado de mim, não é da minha natureza, pelo menos de há uns tempos para cá.
Terás sempre a minha mão, o meu ombro, o meu abraço, o meu conselho, o meu sorriso, as minhas mais carinhosas palavras, prometo-te. E se assim o desejares, poderei continuar a ser o teu "conforto", se te faz feliz.
Obrigada por tudo, por tudo o que me proporcionaste.
Permanecerás sempre no meu coração acredita.

Um beijo no coração, Dear John

Adeus
(escrito ao som de Maroon 5- She will be loved)

domingo, 19 de junho de 2011

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Doi tanto (2)

Quando digo que me doi tudo, o corpo todo não estou a exagerar, porque apesar das milhares de nódoas negras que tenho pelo corpo devido aos ditos cujo carrinhos-de-choque, doi-me cada articulação, cada veia.
Os fantasmas do passado voltaram em força, entraram-me pelos ouvidos e penetraram-me na alma apenas saindo em partes fragmentadas através dos meus olhos em estado líquido.
O meu coração está tão contraído que mal o sinto, sem que ainda está cá porque me doí imenso, mas os batimentos cardíacos foram-se embora, junto com a minha sanidade mental, pois parece-me que a minha cabeça vai explodir de tanta volta que já deu, maioritariamente nas últimas 3h.
Continuo uma autêntica bomba-relógio, sinto que posso explodir a qualquer momento.
São um mar de emoções, uma onda de sentimentos, tudo acumulado põe-me neste estado de nervos critíco. Relembro tudo vezes e vezes sem conta.
O passado está bem presente, e eu tento fugir dele a sete pés, apenas porque acho que já sofri demasiado, nestes dias que correm sou uma pessoa instável, cheia de medos e receios, que tem uma barreira em sua volta numa tentativa frustrada de se tentar proteger, não me aconselho a ninguém, mesmo.
Acho que já não consigo esconder o que vai dentro de mim, com muita pena minha e muito medo também, sim porque as feridas que eu julgava saradas voltaram a abrir-se. Os medos voltaram em peso.
Estes perturbam-me o sono, mal durmo, mal acordo, tudo mal.
Não sei se me faço entender, mas a culpa é minha (tal como já era de esperar).
Não consigo explicar por palavras, tenta tu ler-me por telepatia, se conseguires ler esta confusão.

E por hoje é tudo.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Doi tanto

Hoje deu-me um flash, um flash que repeti vezes e vezes sem conta na minha cabeça, no meu coração, tudo cá dentro.
O meu coração parou, parou de desgosto, de saudade antecipada. Contraí-se e distende-se sem irradiar uma única pinga de sangue para o resto do meu corpo, deixando-me assim, frágil, sensivel e vulnerável.
Doi-me tanto.
Por mim, por ti e por nós (pronome pessoal da 1ª pessoa do plural que eu tanto adoro), mas acima de tudo mais por ti, vou aguentar tudo isto, todo este peso que por vezes quando tropeço na saudade antecipada me manda abaixo de uma maneira inigualável.
Sinto que a qualquer momento me posso desfazer em água salgada que escorre pelos espelhos da alma, que neste momento estão tão tristes e com um brilho peculiar, não de alegria.
Falo para a lua, em busca de respostas, mas até esta, outrora minha confidente, pelos vistos decidiu fazer um voto de silêncio.
Tenho de arranjar uma tentiva frustrada de te afastar de mim, meu ser doce.
Portanto aqui fico, sozinha na praia, sentada na areia molhada, olhando o mar que reflecte o teu rosto, ouvindo as ondas que até essas se assemelham á tua voz e sentindo o cheiro da maresia que por vezes trás até mim o teu cheiro que desesperadamente eu tento que se cole ao meu corpo tentando dar a ilusão de que estás ali, comigo, mesmo que não o estejas.